a pechincha
feito o carreto, paguei os vinte pila pro beto e vazei. mas não contive o vício. havia alguns sebos na feira. de repente algum deles tivesse um bom título. voltei. mas antes disso conferi o troco. o beto é um bom barbeiro. mas peca na matemática... já me logrou algumas vezes. nunca lhe disse nada.
nos dois primeiros sebos nada feito. que tristeza. fora o fato de aproveitarem a feira pra aumentar os preços não havia nada de útil. até que no último e quando eu já havia perdido a vontade, ali estava o apanhador no campo de centeio.
quanto esse? - perguntei.
trinta mangos! - falou o feirante.
pensei: barbaridade... trinta pila véio... puta merda.
vinte? - pechinchei.
vinte e cinco, brou. - respondeu. último preço. continuou.
tá. tá. vou levar. aceita pix?
não, não. só na páia mano, bá! - disse ele.
mas antes de pagar vi outro no meio de tantos...
bá! o velho e o mar! e esse tá de quanto? - perguntei.
trinta e oito, man! - falou. mas já que levou o outro, te faço por trinta. - completou.
bá. só tenho cinquenta, mano... - respondi.
tá. tá. passa pra cá. passa pra cá. - disse.
Comentários
Postar um comentário