e se eu matasse um artista?

cinquenta pila pelos dois livros... acho que me saí bem na conversa com o feirante. vai ver a venda ia mal. vai saber. resta agora chegar em casa e arrumar um lugar para guardá-los. porque ler já é outro departamento. requer tempo. e ando ocupado demais. bebendo demais. além do mais vai que me dê na pinha de sair matando alguém depois de ler o apanhador... melhor mesmo é ouvir o apanhador só, aquela música que diz pau no cu de quem não quer dividir o refri com a minha mulher. 

mas e se eu matasse, de repente um artista? feito aquele infeliz que matou o john a sangue frio, do nada... algum sujeitinho paz e amor desses que tem por aí aos montes hoje em dia. desses tipos gratiluz... gratiluz o meu pau de paraquedas... faz quarenta anos que o inter não ganha o brasileiro... quase quinze que não ganha bosta nenhuma. gratiluz... pfff.

tiro o tênis, entro em casa. o elevador está esquisito... esses vinte andares ainda vão me matar um dia. atiro os livros no sofá. em vez do apanhador, que não tem disco ainda, até onde eu sei, boto o camisa pra rodar. ah, o velho sinca. muitas histórias deve contar aquele banco de trás... talvez.

o marcelo é ótimo. gosto dele. mas é um fanfarrão. só porque cantou com o raul. grande bosta. o raul sempre dizia e nem era a vovó dele, que nunca foi cantor nem compositor. aí vem este velho fodido dizer que é. se sentir o tal...

tá aí. vou matar o nova! e nem precisei ler o livro. vai ver ele é maldito mesmo. melhor eu tomar uma cerveja. antes que eu compre uma pistola.

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