e isso até parece um navio

e lá vai o jack conquistador direto para o fundo do mar.
e a rose vai viver infeliz para o resto da vida lembrando dele.
vai ficar velha e nos dizer que foi há oitenta e quatro anos atrás.
e em época de férias se houve louco maior que o caçador de tesouros,
esse louco fui eu que vi ele contar a ela, e rindo, como foi que o navio afundou.
em vhs, vídeo cassete, duas fitas por sinal, todo final de tarde até a noite à espera dela.
da minha tia, lá no leopoldina. das 16 até as 20 horas. não falhava. tipo o relógio da parede.
e a porta da casa se abria bem na hora que a banda parava de tocar. naquele deus nos acuda.
mas eu seguia até o fim a minha jornada cultural, de cór e salteada, até as fitas rebobinar.
esperando por alguma coisa além da janta. um bom papo. qualquer coisa comum.
ou de um dia vivenciar algo parecido, louco e mortal feito essa grande ficção.
mesmo mal tendo quinze anos de idade, um e outro pelo espalhado na cara.
que juvenil, que amador. que horror. eu deveria processar a warner bros.
a white star line. por danos materiais, morais. à mente. ao coração. 
por hoje ser um bobalhão que não vê filme de terror.
iceberg, bléin, bléin, iceberg, bléin, blíen... ic,blan!
ainda hoje em todos os cinemas, não percam!

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