palanques da vida pública

cristalina vigarice
essa ultraje mania
de treparem nos palanques
fomentarem fobias
e gritarem tolices.
sem querer saber
se é ou não é
comem razões
vomitam hipocrisia
sob um teto de cristal.
partem da premissa
do velho moralismo
que desde nascido
abomina o recreio
mas ama o arreio. 
atiram pedras, caçam bruxas.
em qualquer coisa que soe esdrúxula
ateiam fogo e rogam pragas.
tudo pelo bons costumes da moral
mesmo que cheirem à estrume.

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