A relva torcedora, parte II
Dois
janeiros depois e, de todo aquele calor, a relva renasceu e outra guerra
surgiu. E a água, e toda a sua fúria, também. São os novos tempos... Será
preciso se adequar. E a água que salva, agora mata. As pessoas. Os animais. Sua
mãe está pedindo passagem. Quer de volta o seu território. Custe o que custe! Queiram
ou não! Saiam da frente! Ela veio com tudo. E vai continuar vindo até que
aprendam que com ela não se brinca. Ela não vai hesitar, e vai matar outra vez e quantos puder! Seja com água, seja com secas... Ela não precisa de bombas! De pólvora ou d’água.
Ela só precisa ser provocada! Até quando vamos aguentar? A mãe natureza
tem todo o tempo do mundo. E nós? Que comecem os jogos, outra vez! A
relva segue torcendo, e agora, a água também!
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